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Caxambu, sábado, 27 de abril de 2024 Telefone (35) 3341-0742

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

 

Caxambu 1891 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

Foram muitos os nomes que a cidade de Caxambu já teve; a princípio era uma povoação do município de Baependi e em decorrência de características místicas das curas das águas minerais, foi chamada de Águas Santas. Posteriormente, ficaram conhecidas por Águas Virtuosas de Baependy e Águas de Caxambu.

Caxambu é uma palavra relacionada a vocábulos africanos bantus. Cacha, tambor, Mumbú, música. Designa o tambor em forma de cone truncado, que era usado pelos escravos em suas celebrações. Para construir um caxambu é necessário perfurar um segmento de tronco de madeira macia; à seção superior fixa-se um couro, geralmente de carneiro.

Os morros que possuíam esse formato passaram a ser conhecidos como morros Caxambus. Um exemplo é o fato que ocorreu na região onde o Morro Caxambu deu o nome para a Fazenda que o circundava e que passou a ser conhecida como fazenda Caxambu e quando se emancipou, Nossa Senhora dos Remédios de Caxambu e por fim Caxambu.

Acredita-se que a primeira fonte de águas mineral foi descoberta por carpinteiros da fazenda Caxambu, na procura madeira para uma obra; entraram na mata, cortaram madeiras e cortaram um grande cedro, que ao ser retirado, deslocou grande quantidade de terra e dos buracos abertos brotou uma água efervescente e turva, que se tornou límpida após alguns dias, o gosto parecia diferente de tudo o que conheciam.

No início do Século XIX, os escravos da fazenda Caxambu se habituaram a tomar essas águas que brotavam dos alagadiços, onde existe hoje o Parque das Águas. Encontraram a cura de males de que se queixavam, geralmente de males digestivos. Essas curas deram a áurea de milagrosa a essas águas, as Águas Santas. Acreditava-se que essas águas, mesmo cercadas de pântanos e mato, trariam grandes benefícios aos usuários.

A fama das águas de Caxambu foi crescendo e a estância hidromineral começou a receber doentes, não só de Minas, mas de São Paulo e Rio de Janeiro, em busca da cura de diferentes males.

Muitos doentes incuráveis começaram a acampar em palhoças na Fazenda, tentando o último recurso de se curar, ora ingerindo a água, banhando-se e lavando os olhos. As palhoças foram se propagando, assim como o número de doente com hanseníase. O medo de se proliferar a contaminação levou o juiz de paz de Baependi, em 1841, a expulsá-los do município e em seguida ordenou a queimada de todas as palhoças. Acabou-se nesse momento a ideia difundida dos milagres da Água Santa.

Após dois anos, lançam-se as fundações do novo centro de cura, com trabalhos de João Constantino e Oliveira Mafra. Nesse momento nasceu o arraial das Águas Virtuosas de Baependi. A partir de então começaram a serem construídas outras casas, predominantemente as de adobe e de pau-a-pique.

Em 1842, Felício Germano de Oliveira Mafra empreendeu esforços de encontrar novas fontes, o que ocorreu após a canalização do Ribeirão que alagava constantemente o brejo, roçar o mato e fazer sarjetas e esgotos. Encontrou três novas fontes, que foram batizadas como, D. Pedro, Dona Leopoldina e Princesa Isabel.

As águas começaram a serem conhecidas por suas propriedades medicinais voltadas para a cura de dispepsia, anemia, cálculos renais e biliares. Também começaram a surgir rumores de que as águas poderiam solucionar o problema de infertilidade das mulheres. O que aumentou o fluxo de visitantes, entre eles a visita da família imperial Bragança. A visita da Princesa Isabel ficou marcada no imaginário do povo caxambuense e ajudou a divulgar as propriedades medicinais das águas minerais, pois a Princesa ao se tratar com as águas ferruginosas alcançou a cura de uma anemia profunda.

Em sua estada de alguns meses em que esteve em tratamento por sugestão de seu médico, ensejava alcançar a cura para conseguir engravidar e fez a promessa de construir uma Igreja em homenagem a Santa Isabel da Hungria caso alcançasse a graça. A pedra fundamental foi lançada em 19 de novembro.

Estabelecimento de banhos em 1868 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

As captações das fontes passaram por melhorias na medida em que se percebeu a necessidade do isolamento na rocha para garantir as propriedades das águas, de suas características físico químicas. Numa única captação é possível aproveitar mais de um manancial, através de fendas da rocha.

As mais antigas como a Duque de Saxe e a D. Leopoldina, por não terem atingido a rocha, tiveram redução do volume d’água. A captação limitava-se em cercá-las com tábuas e paus com pequena profundidade, evitando apenas o contato com a lama e sujeita às intempéries; o que demandou uma nova captação de ambas. Na administração do Dr. Viotti, houve melhorias da captação da D. Pedro e a Viotti e na do Sr. Conselheiro Mayrink houve correção das fontes acima citadas e outras fontes tais como a Mayrink I, II e III.

As Fontes D. Isabel e Conde d’Eu são bifurcações de um só tronco, já as fontes D. Pedro e Viotti foram captadas de outro. As fontes Duque de Saxe, D. Leopoldina e a fonte intermitente (que já não existe mais) foram de um terceiro grupo. Desses três grupos há a presença de águas ferruginosas, águas gasosas simples e águas ferruginosas ligeiramente sulfídricas, respectivamente.

Apesar do desaparecimento da fonte intermitente, o veio continuou seu caminho subterrâneo bifurcando-se na região pantanosa do antigo bosque. Na região havia jatos de lamas quentes e diversas fontes de águas minerais, nos quintais das casas, hoje em dia não existem mais, pois estão submersas, coberto pelas águas represadas que formaram o lago do Parque das Águas. Contudo ainda podemos encontrar a saída deste veio no Geiser do Parque.

 

Fonte D. Pedro em 1894 – Fonte: Lemos, Maria de Lourdes. Fontes e encantos de Caxambu. Rio de Janeiro: Grypho edições, 1998.

 

Fonte D. Isabel em 1894 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

 

Fonte D. Leopoldina em 1894 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

 

 

Fonte Conde D’Eu em 1894 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

 

Fonte Viotti em 1894 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

 

As Fontes Mayrink e Chalé da Fonte Duque de Saxe em 1894 – Fonte: Monat, H. Caxambu. Rio de Janeiro: Luiz Macedo, 1894.

 

A elevação à condição de Freguesia aconteceu em 1875, no mesmo ano em que o governo da província concedeu a exploração das águas à iniciativa privada. Foram várias as concessionárias, destacando-se a Empresa das Águas Minerais de Caxambu, administrada por Policarpo Viotti, em 1886. Esta empresa foi responsável por diversos melhoramentos locais, entre eles a captação de fontes, drenagem, balneária e casas de aluguel na região. Em 1890 foi adquirida pelo conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que requereu à Academia Nacional de Medicina a análise das águas, e esta nomeou uma comissão para realizar relatório, que foi aprovado pela academia.

No final do século XIX e início do século XX, as águas de Caxambu receberam diversas premiações internacionais, uma em especial em Bruxelas que rendeu a doação da estátua da Ninfa que está exposta no Parque das Águas.

A elevação à condição de Vila de Nossa Senhora dos Remédios ocorreu em 1901 quando foi criado o município separado de Baependi. Com a emancipação da Vila houve grande avanço na implementação da infraestrutura, tais como serviço de água e esgoto, calçamento de avenidas, ruas, praças dentre outros. Em 1915 houve elevação para a condição de cidade, mas até 1938 abrangia também o município de Soledade.

Caxambu tornou-se, no início do século XX, um dos principais pontos turísticos do sul de Minas Gerais, conectando pela via férrea Rio de Janeiro ao Circuito das águas. Com grande diversificação de hospedagens, contando com diversos hotéis, a cidade passou a receber muitos visitantes, alguns bem influentes que conseguiram grande difusão das características medicinais das águas e da beleza da cidade e do Parque das Águas.

O intenso fluxo turístico esteve vinculado também às atividades dos cassinos que existiam dentro de alguns hotéis, constituindo um centro de entretenimento, com restaurantes, bares, teatros e salões de bailes, até 1946, quando houve a proibição do jogo no Brasil. Com a tributação voltada para a municipalidade, logo se tornou a principal fonte de renda do município; gerando empregos e renda. Conta-se que as fichas dos cassinos eram aceitas no comércio da cidade, como moeda corrente.

A partir da década de 50, houve queda gradual do fluxo turístico, em decorrência das transformações da medicina vinculadas à indústria farmacêutica e aos novos centros atrativos de turistas do Brasil e do mundo. Em decorrência dessa mudança gradual do cenário sócio histórico há progressiva redução dos fluxos turísticos no Circuito das águas, somados á falta de estudos aprofundados da água e oferta de novos atrativos turísticos na região.

Hoje presenciamos a diversificação de políticas de turismo assim como a implementação de políticas culturais que visam à valorização do patrimônio material assim como o imaterial.

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